sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

no te puedo olvidar, no te puedo olvidar, no la puedo olvidar, no me voy olvidar, sé que voy me acordar, sé qué...

necesito de olvidar.

de me olvidar.
deixa-me matar-te suavemente. passar a minha faca pelo teu pescoço suave. cortar lentamente a jugular e sentir todo o teu sangue quente a escorrer no meu corpo.
quero sentir-te morrer devagar, bem devagar. quero que sintas a minha dor ao morrer também. a minha dor de te ver sem mim, a minha dor de te ver comigo, a minha dor de te querer esquecer, a minha dor de não te conseguir deixar de sentir em mim.
quero que caias bem calmamente no meu colo e que sintas os meus lábios nos teus , de um sopro o teu ultimo beijo será o meu também.

"I dreamt my lady came and found me dead"

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

si yo tuviera alma, lloraria todo el dia.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

where is my pride? sometimes I wonder .
I still remember fighting for myself or for what I thought was myself at that time.
I remember acting tough since age of four. nobody could ever beat my pride, my precious pride.
I remember being an androgenous little girl who then turned out to be an androgenous little teen as well. I remember being picked at school. I think I lost my pride here, if I ever had it at all.
I still look at the scars sometimes. they seem so pitiful now as they seem back then.
my lord, I was a digraceful little girl. I still am.
I never forgot my lovers. I still can recite every name. The first one is unforgetable they say. I don't know, maybe that's true. That clumbsy girl almost drove bipolar. no. no. t'was not her fault. It was mine. all along.
And you. oh you who I know for so many time. you are my vortex. I will die within you. and I'm dying. never I though I could love this much.
And the alchoolic pits I drank all my life. They're still in my liver , making me stay forever in this amazing inebriate state. 
I shall not proceed. I'm stuck in this town . I've been fighting all my life for nothing. Now, I'm hiding in this black veil. I can't reach a thing. My dark clothes are keeping me warm and I don't know what to feel anymore.
I still remember that day, It was a wednesday. 17. seventeen. seven. teen. se. ven. teen. the number echoes through out my brains. I failed . I failed at dying too. I stopped being a fighter because I was losing the battle, then I tried to quit and quitting was a failure too.
I'm stuck in this apathetic state of mind. my face hides the harm. In true, I don't quite feel a thing.

I still listen her in my head: GROW UP

Fuck you. I'm Peter Pan.





quarta-feira, 14 de novembro de 2012

nada sinto
nada sinto
nada sinto
nada sinto

sinto tudo até sentir quase nada.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

saudades minhas e de toda a ingenuidade que tomava conta de todos os meus dias felizes.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

às vezes ouço a minha voz, bem clara no fundo da minha cabeça. ela diz-me para andar. chegou o dia do juízo final. chegou o dia do fogo do inferno. queimar-te-á o pêlo e todas as artérias.
ela diz-me e obriga-me a andar. tapo os ouvidos para não ouvir. esqueço-me que a voz vem do interior da minha cabeça. ela obriga-me a correr em direcção ao abismo. melhor morrer que arder no inferno. eu não quero morrer, tento gritar, mas não há força, não há absolutamente nada.

a voz parte-me os ossos, corta-me os nervos , rasga-me a pele. não há dor na amputação. apenas e só alivio.

sem pernas, sem braços, sem nada. peças soltas balançando nos confins do universo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

é.

nao sei quem sou.
nem tão pouco onde estou.

mas sei que um dia
me encontrarei para sempre,
dentro, fora, ou talvez
perto muito perto de ti.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

arde-te o peito?
arde-te o peito?
arde-me o peito sempre que te afastas.
arde-me todo o corpo sempre que te aproximas.

sempre que aproximas a tua pele à minha.

domingo, 19 de agosto de 2012

que dor imensa de estômago.

vejo-os a passar todos os dias, sorrio e até lhes falo. em nada sou impessoal e antipática. falam-me de arte e poesia e eu retribuo com arte e poesia.

dor, dor imensa de estômago.

falam-me do que fazem e do que ouvem. com quem andam e do que escondem e eu vislumbro por entre todos os vocábulos a pergunta mestre: e tu, que tens feito.

dor, ah! tamanha dor de estômago.

eu? nada. responderia com toda a franqueza. eu quedo-me no frio e não me movo. as minhas palavras enrrigessem e colam-se às paredes da garganta e lá ficam.
 ao nada atribuo o meu medo do todo.

ah! não suporto tanta dor.

sinto-me vomitar quando os vejo. penso talvez em matar. matar todos os filhos da puta que em coragem, começam nessa feroz demanda de se tornarem mais sacanas que eu. e eu, que dei tudo para o mal, fui atirada para o bem, porque ao nada me dei e no nada morri sem. claro, me mover.

e o estômago que agora me arde será um monte de vísceras mais tarde. porque a faca do meu nada destrói tudo aquilo que me move.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


Temo cair na tentação
sempre que te vejo
da minha boca nem uma palavra
do meu corpo sempre o desejo,
que me corrompe da alma até ao ensejo,
de te ver

sem saber, me escondo nas palavras
tenho em mãos todo o poder,
quero destruir todo o teu ego,
até as tuas cinzas se perderem no chão.
Quero finalmente
certamente,
sentir toda a tua escuridão.

Arranhas com o teu sorriso,
as minhas costas planas,
e entras em mim por todos os poros.
Ao meu ouvido
sentindo, me dizes odiar
todas as palavras que escrevo,
e eu , sem chorar
não me atrevo
a emitir um único som

odeio-te, odeias-me e nos vocábulos
que emitimos , as facas estão presentes.
aguças o teu engenho
e cravas na minha pele
a lámina espelhada
que construis-te em olhares afiados
ousados
que atiras sobre mim.

Adeus,
digo-te adeus mas volto sempre,
e até corro
de encontro,
à tua navalha que um dia,
me há-de matar.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

"escreve-me."- e eu fecho os olhos e tento-me lembrar de tudo. tento lembrar-me do seu rosto e de tudo o que vi no seu brilho. mantenho o meu corpo pousado no seu abraço. no seu abraço sem tempo, que me dava quando ainda as horas paravam à nossa passagem. e no nosso abraço havia tudo menos o tempo.

fecho os olhos sabendo que afinal os relógios existem. mas por agora tudo parou. porque ao escrever-lhe sei-me parada num sitio onde os minutos duram meses e onde eu posso adormecer sem medo no seu pequeno abraço. sem medo de adormecer por fim.

fecho os olhos e tento -me lembrar de tudo. não me lembro. não me lembro de nada. apenas de sentir tudo e de não pensar em nada. e de fazer apenas o que a vontade me obrigava.

fecho os olhos e vejo. tento guardar na memória o ultimo resto de inércia a que o meu corpo se prendeu. tento . tento. mas acabo por me esquecer. acabo por sentir sem o pensar talvez. tudo parou no segundo em que te senti.

abro os olhos. vejo a sua luz. não me lembro de nada e pouco importa. "escreve-me"- grita de novo, e sem pensar, começo um novo parágrafo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

ela disse -lhe ao partir que já mais se esqueceria de todas as promessas que havia deixado para trás. ela disse -lhe que o tempo voava e que tudo voltaria depressa a ser tudo de novo outra vez. ela encheu-lhe o corpo de abraços e de sorrisos e de mentiras que eram tudo menos mentira e só e apenas verdade na sua cabeça. ela agarrou-lhe a mão e sorriu muito baixinho e partiu sem olhar uma vez mais para trás.

ela esqueceu-se de tudo ao partir e o partir foi tudo o que bastou para o tempo não mais voar atrás das esperanças que um dia corroeram o seu corpo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

um dia em março foi quanto me bastou para esquecer tudo o que devia esquecer.

mentira. é te impossivel esquecer. recordas cada segundo como se fosse o teu último.

discordância de tempo.

inconstância de passado.

eu tento esquecer. eu tento esquecer o tempo. o tempo não passa por nós. o tempo não me destrói. eu quero sentir a dor do esquecimento.

mágoa.
mágoa.

um dia em março foi quanto me bastou para que me recordasse de tudo o quanto havia conseguido esquecer.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

black

disse ela enquanto escrevia algumas linhas no seu quarto - "quando morrer amanhã de manhã quero que todas as folhas gritem o meu nome, quando for já de noite"
disse-lhe pelo canto de todas as palavras que tinha já alinhadas - "não vais morrer"
sentou -se a meu lado - "amor, já nada é o mesmo. já tudo desapareceu. por isso escreve com a tua caneta o meu nome, e canta-o quando desaparecer."

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

kc

- adeus
- vais embora.
- vou.
- para onde?
- para longe, longe daqui .
- não te quero longe.
- não me queres perto.
- eu tenho medo.
- e não temos todos medo ?
- o meu é maior que o teu.
- não estás aqui para o sentir.
- não o quero sentir.
- eu vou embora.
- não me deixes aqui sozinha.
- e a mim quem me protege?
- eu, eu protejo.
- tu tens medo. tu tens medo que eu vá ou que fique. eu devia ficar aqui parada.
- então fica. mas pelo menos tenta, tenta ficar por aqui . só mais um dia. não, não te vás.
- eu fico .
- obrigada.


partirei sem avisar- pensei em segredo enquanto respirava fundo no seu abraço.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

deixa de ser tu e serás tudo.
deixa de fazer o que gostas e serás tudo.
deixa de caminhar ao teu ritmo e usa o ritmo dos outros e serás tudo.

deixa de pensar e serás, serás tudo, tudo aquilo que não representa o todo que deverias ser. porque o tudo está em seres tu e só tu mesmo.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

foge foge comigo. eu e tu para longe. longe da praia para outra praia e ainda para uma outra mais longe.longe de tudo e só e apenas com o nosso sol.
foge foge comigo - gritas-te. eu não podia e fugi de mim. e fugi da vontade que tinha em fugir contigo. na tua mão apenas a oferta e eu fugi para nada aceitar.

eu não posso fugir . eu não posso querer escapar daqui. não contigo. nunca contigo porque nada é suficiente. nada chega ao teu nome, aos teus olhos e à tua boca. nada é suficiente. dentro de mim tudo me grita- foge! mas eu não tenho a força para te arrancar sorrisos.

agora nesta praia onde me sento e escrevo rasgo folhas cheias de letrinhas para ti. atiro-as à agua mas todas elas voltam nas ondas até mim.

voltas sempre ao meu pensamento irremediavelmente.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

em sonhos e só em sonhos te sinto perto, te sinto perto de mim.

por isso quero dormir e só acordar na realidade que apenas os meus olhos fechados conseguem ver.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Menina, menina de olhos escuros, eu sei que o mundo é um inferno, eu sei que o mundo nunca foi o teu lugar.
menina, menina de sapatinhos escuros, e roupa escura e cabelo escuro, eu sei o que sentes, eu sei o medo que sentes sempre que acordas sufocada com as lágrimas a meio da noite.

menina, menina de olhos tristes, sou eu , sou eu que te abraço quando chamas e gritas por um rápido final.

sou eu , que na tua alma te faço esperar por mais um dia.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

eu só choro agora porque não há mais pele que doa em meu corpo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

parei no meio da estrada. tudo corria lento e o vento doia-me nas orelhas. rasguei a camisa preta e pude sentir o frio no peito. todo o meu sangue corria quente e os meus olhos latejavam de um vermelho duro e sentido. toquei com o dedo o suor que me corria na testa. não era suor. não era suor. era chuva . chovia e a camisa ensopada molhava-me o corpo.
o meu corpo já não se enterrava no asfalto e a na estrada vazia apenas se ouvia o som dos meus passos.
tenho na mochila roupa para os dias mais frios tudo bem condicionado batendo o peso nas minhas costas.
por enquanto continuo parada aqui, as minhas pernas ainda não desataram a correr desenfreadas mas sei, eu sei que em breve nada do que resta de mim ficará para contar a história dos dias lentos que vivi nesta estrada.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

o amor

mato-te hoje sentimento bastardo.
hoje
hoje
hoje

hoje...

hoje tenho sono, amanhã, mato-te amanhã.

a cor

eu sou o azul do teu céu meu amor. colhi a minha cor directamente da tua água mais pura.
para mim, nunca o azul foi frio. trocaria todo o calor do meu vermelho pelo teu, meu , nosso azul brilhante.
eu sou o azul. tomarei essa cor por apelido. desejo em toda a minha existência cravar com força esse azul metálico que me sai de um só grito.
serei eu o teu azul, serei eu , o próprio e único azul. Olho de soslaio para todas as outras cores. eu tenho o poder dos oceanos. afogas te em mim e eu te desejo em todo este meu azul altivo e soberano.




"I swam on your eyes and now I'm drowning at the waves of indiference"

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

a inércia

o meu pensamento bloqueia todo o meu movimento.

e eu não vou admtir o que me consome por estes tempos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

o corte

eu vou cortar a pele molhada com a lámina aguçada da minha loucura.
eu vou
eu vou
eu não volto
eu só quero e pelo menos desejo não mais voltar.
eu vou cortar tudo o que esteja inteiro e deixar tudo pelas metades.
eu vou
eu vou
eu não vou voltar
eu não quero voltar
desapareço nas entranhas do medo, e o corte no meu pescoço irá empurrar o meu corpo até à escuridão.
eu quero.
eu quero.
eu vou. e tu sabes. nós sabemos, que quando eu quero...

eu vou.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

a culpa

eu quero,
não posso,
no entanto,
querer,
é sacrilégio,
pecado,
e eu,
com culpa,
me calo,
novamente.

eu sinto,
tudo isto,
na boca o
querer,
é erro,
dano,
e eu,
com culpa,
me calo,
outra vez.

eu vejo,
teu corpo
e o sei
querer,
da tua
boca o canto,
e eu nego,
e com culpa,
me calo
para sempre.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

amberleaf 2.0

quando fecho os olhos já não é escuro, aquilo que vejo. a noite não mais me cega e o toque do frio deixou há muito de entorpecer o meu corpo.
agora, sempre que te sinto perto, toda a minha visão se encendeia e eu vejo , eu sei que tudo vejo, só por sentir-te presente.
eu tenho medo e penso. eu tenho medo e caminho sozinha. tento pensar apenas no caminho. tento pensar apenas nas botas que me cortam os pés e na roupa que me pesa às costas. tento pensar até nos braços que pendem do meu corpo e no coração que se solta, cada vez mais lento no meu corpo. tento pensar em tudo isso e de novo penso em ti. e tento de novo e de novo me abstrair e novo caio também na ânsia de te querer ver.
hoje sinto de novo o escuro, não estás aqui. o teu corpo surge bem longe de mim, e eu sinto -me perder na recordação dos dias.
hoje apenas escrevo aquilo que penso. penso o que não digo e o que não te digo é tudo aquilo que consigo sentir agora. caminho no escuro e construo de novo as barreiras do meu pensamento. eu não quero sentir, eu não quero sentir de novo o escuro.

eu não quero sentir de novo todo este frio.