sábado, 26 de janeiro de 2013

só mais um café. só mais um café. não devo morrer por mais um café. bebo um café porque espero. bebo um café porque odeio esperar. bebo um café para não saberem que espero. tudo é desculpa para beber um maldito café. sinto o meu corpo a disparar cafeína por todos os poros. eu cheiro a café. a minha mente só pensa no próximo café. mais um, só mais um. quero que o café se levante e fale comigo.


fala comigo

fala comigo

eu sou um monstro e tu apenas um liquido.

e eu sei que ambos estamos cansados de tanto monólogo.

domingo, 20 de janeiro de 2013

adeus rua, adeus rua, adeus, adeus, adeus. os meus pés sangram pelos dedos, e o ardor do meu corpo queima toda a pele que tenho. estou perdida no meio da rua, não sei como cá vim parar. não há um único sinal de vida aqui. ouço gritos na minha cabeça. são fantasmas no fundo do meu cérebro. pensei que os tinha largado, pensei que tinha esvaziado o vulcão que me gritava por dentro . eles dizem que eu não sou ninguém, simplesmente não sou. gostava de o ser. a minha mãe dizia que eu o era.. a minha mãe é um fantasma também. ela, eu e tudo o que me fazia viver não existe mais,nada mais existe para além desta rua e dos fantasmas do fundo da minha cabeça-