quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

(...)





"Everything's so blurry
and everyone's so fake
and everybody's empty
and everything is so messed up(...)


______

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Poemas na Rua estreita (2)

Orgulho

Bebi de mais
e tu nada fizeste
tentei falar-te
e tu nada disseste


onde anda o teu altruísmo?
algures perdido no teu egoísmo?



Estou mais que perdida

mas tu não queres saber
vou directa aos confins do inferno
mas para ti, nem que estivesse a morrer.



onde andas quando mais preciso?

porque apenas me dizes para ganhar juízo?



Cortei-me com a adaga do pessimismo

e tu apenas mudaste de rumo
entreguei toda a minha vida no abismo,
e tu desapareceste com o fumo


onde estás agora?
Porque te foste com a aurora?


( sei que não posso
tudo fiz para não poder
mas se a morte não me levar embora
quero-te de novo como outrora.
bem perto
para nao te perder... )


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faço anos hoje
fiz asneira hoje


but....

life continues...



the hell with that! xD

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Poemas Na Rua Estreita (1)

saio incólume

Bombas atómicas explodem com um cometa.
Nada me afecta
Nada me afecta.

Mentiras e mártires na vida selecta.
Nada me afecta
Nada me afecta.

Pedras destroem a casa do poeta.
Nada me afecta
Nada me afecta.

Pessoas matando para chegar à meta.
Nada me afecta
Nada me afecta.

Pessoas que passam deixam-me alerta.
Mas nada me afecta
Nada me afecta.

Pessoas morrendo para chegar a Meca.
Nada me afecta
Nada me afecta.

A avó protegendo a sua neta.
Nada me afecta
Nada me afecta.

Tudo à minha volta cai e desmonora-se,
Mas nada me afecta
Nada me afecta.

Sorrio porque sei que tudo vai e melhora,
e nada me afecta
nada me afecta.




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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

esquerda por fora e ...

“O seu partido [“Os Verdes”] é um embuste político”. Estas foram as palavras utilizadas hoje pelo primeiro-ministro, José Sócrates, durante o debate quinzenal no Parlamento, dedicado à saúde, quando respondia à deputada do PEV Heloísa Apolónia. O chefe de Governo acrescentou, ainda, que considera que esta força política não passa de um truque do PCP: “Todos os portugueses sabem o que vocês são, verdes por fora e vermelhos por dentro”, disse.

Confesso que perdi grande parte do debate semanal ( o minha culpa, minha tão grande culpa! ).

Confesso também que adormeci. De verdade!

Mas é bom que se diga que acordei a tempo para a festa! ( em jeito ideológico, pode-se dizer que adormeci à direita e acordei à esquerda )



é de louvar a capacidade do senhor José Sócrates ( a.k.a. josé idiócrates ) de não responder às perguntas que lhe são dirigidas. Ao invés, começa numa saraivada de insultos acompanhado do seu já bem conhecido, sorriso de puro desdém.

Bom se o PEV é um embuste politico, o que dizer das mil e uma promessas de sua excelência, que até à data, poderão ser contadas pelos dedos, as que foram objectivamente cumpridas?



O que despoletou tamanho barulho na A.R., terá sido o facto, de um discurso de José Sócrates ser leitura recomendada para uma prova escrita de um concurso de promoção de funcionários do IEFP.

mmm... onde já vi isto antes?






O ego de Sócrates é como as ervas daninhas....

em vez de mingar.... cresce!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

um ano



um ano de blogosfera.

Nem estou em mim! sempre me disseram que o tempo passava depressa, mas só agora tive a confirmação.

Confesso que, quando comecei a vaguear e a deambular por este mundo ( que de pequeno nada tem ), pensei que este blogue ( e especialmente este! ) iria durar pouco, e que seria por mim esquecido na imensidão deste espaço virtual.


Bom, parece que me enganei xD


Não prometo mais um. Quem sabe se para o ano cá estarei. Eu teria todo o prazer =)

só tenho a agradecer a quem leu os meus textos, a quem deixou um comentário, a quem me incentivou a escrever mais...



A todos vocês, um sincero e agradecido obrigado...


...porque sem vocês há muito que tinha desistido =)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Há dias em que nada parece concreto, em que tudo o que fazemos parece não sair como esperamos, que ninguém nos parece ouvir, que nos sentimos desesperados à procura de alguém que não está lá...

Há dias em que nos parece iminente a descoberta de um novo fim do mundo. Que o bem e o mal não existem ou são sinónimos disfarçados...

Há dias em que parece, que tudo aquilo em que acreditamos, não passa de pura ilusão e idiotice. Percebemos que somos tão pequeninos, que não podemos, nunca, mudar o mundo.

Há dias em que não chorámos, simplesmente, porque nos secaram as lágrimas. Porque o vazio é é tão grande, que o fosso que se abre em nós, não é capaz de suportar toda a nossa mágoa e descoberta.

Há dias que não são bem dias. São horas de tortura, lamento e loucura. Horas em que a realidade mais dura nos atravessa como uma faca aguçada.

Há dia em que percebemos que vamos morrer sozinhos. Que a solidão não tem cura e que o vento que nos gela a cara tem mais vida que nós.

Há dias em que sabemos que não deveria haver amanhã.

E no entanto...

Quando nos deitamos, na cama a pensar nisto tudo, temos sempre a esperança que o novo dia seja diferente e que tudo se componha connosco e à nossa volta.


Mesmo que esses dias, sejam todos os dias...

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Poema aos monstros

Aplaudem, eles,
MONSTROS!
sapientes do mundo e de todas as coisas nenhumas.

Andam, eles,
altivos,
monstros,

Nas minhas costas são ratos
À minha frente, leões,
Mordam-me, monstros, Mordam-me!
Dêem-me de comer às multidões!

Riam-se de mim!
Riam-se da minha timidez embaraçada.
Batam-me, monstros, batam-me!
sou apenas uma velha, burra, e cansada.

Gritam à meia noite
Os novos monstros frustrados.
Aplaudem a vida com um açoite
e as suas almas vão morrendo aos bocados.

Matam-me, os monstros agora
e as velhas boas de outrora
aos poucos vao sendo,
atiradas borda fora.



( os monstros nunca hão- de morrer
pois vida longa devem merecer )