quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Falta -me..



... ser ela.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

auto contemplação

vivo
logo
sofro
logo
penso
logo
invento
logo
escrevo
logo existo.



dou por mim a reencontrar o passado. reencontro e é engraçado, não choro , apenas penso. sorrio por dentro e consigo reflectir por instantes. dou de caras com a mentira. e com a manipulação dessa mentira sobre mim. dou por mim a encontrar o ódio de outras pessoas, que num passado não muito distante foram o meu presente. penso por instantes e concluo.

não me odeio tanto assim.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Incoerência

sinto nojo de mim própria. não me sinto bem em lugar algum. errei em tudo o que pude errar. cometi todos os erros que me propus a deixar passar. mas agora, agora que me deixei levar por essa onda de pensamentos evasivos e consequentemente negativos, não consigo pensar já de outra forma.

por vezes deixo -me embalar por música, por vários minutos plenos de música. sinto-me a flutuar, nem me chego a reconhecer, apenas tento ser música, e só música. a felicidade então, percorre-me o corpo num arrepio e eu penso em voar. quero ser um pássaro, quero ser o próprio ar e ser aspirada pelos pulmões de outrém.

não tenho medo de morrer, só tenho medo de morrer sozinha, odiando -me e maltratando-me como quase em desespero de causa.

sinto a dor, sinto a dor. magoa-me entender tão bem este sentimento, quase tanto como senti-lo tantas vezes. por vezes não é bem dor aquilo que sinto, é mais a vontade de a sentir. de sentir que ainda sou capaz de sangrar. que ainda é sangue aquilo que me corre nas veias e não o vazio. tenho horror ao vazio, tenho horror a mim mesma. não me entendo.

qualquer dia vou desmaiar. sei o bem. irei desmaiar quando menos estiver à espera. vou encher os meus pulmões de ar e irei desmaiar. vou sentir as pernas a tremer e o vazio a encher o que sobra da minha cabeça. estou confusa. tudo isto me confunde terrivelmente .

estou a ficar doente de novo. e não sei se o quero aguentar de novo. sei apenas que tenho de aguentar pelo menos mais um dia. e mais outro e talvez depois isso se passe um mês, ou outro. não sei bem, não sei nada, e isso aterroriza-me.


no fundo é tudo mentira. no fundo é tudo verdade. e no fundo é tudo confusão, visto que eu própria sou a total incoerência.


"Making love with his ego Ziggy sucked up into his mind
Like a leper messiah
When the kids had killed the man I had to break up the band."

domingo, 26 de dezembro de 2010

sábado, 25 de dezembro de 2010

...



Quero ver os peixes a bailar e as ideias a gritar..."

tinta da china

Adorava poder entrar no espirito natalicio e conseguir desejar um feliz natal a toda a gente da minha lista telefónica. juro que adorava ter coragem. ter paciencia e escrever algo bonito. algo profundo. algo. apenas algo. nem que fosse apenas um optimo natal.
mas...
algo me impediu. não entendo ainda muito bem o que foi. algo me repeliu a cometer tal loucura infundada.


não sei muito bem o que é isso de desejar. muito menos o que será desejar um feliz ou um bom natal a alguém.

se não sou feliz como poderei entregar felicidade gratuita a alguém?

talvez não o possa fazer, mas talvez o tente.

às vezes. tudo tem dias, até as próprias horas...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

solidão

não vejo já ninguém aqui. as vozes que ouvia outrora, parecem agora dissipar-se no ar. Tento em vão falar, mas as palavras voam para longe. bem longe de mim. e eu peço que nada piore. mas tudo me mata. e nem mesmo a felicidade permatura dos dias solarengos, aquece a minha alma .

sinto-me confusa. Não vejo ninguém. sinto um medo imenso à solidão.

fumo um cigarro, fumo outro, bebo um café, acordo e volto a dormir. tento comer alguma coisa mas as sombras tiraram-me o apetite. vomito. vomito palavras para o ar e falo sozinha. estou a enlouquecer. e a tristeza que sinto faz-me não sentir nada mais.

ligo a luz do quarto. tento acabar com a forte falta de luz na minha vida. não é suficiente. abro a janela. deixo entrar algum ar. queimo incenso. queimo incenso. queimo incenso. livros no chão, que atropelo. ouço algo dentro de mim a zumbir. cada vez mais forte, cada vez mais intenso. paro de respirar. paro de falar sozinha. as luzes apagam-se por fim.

o som, esse som vem dentro de mim. tudo à minha volta é um vazio. um vazio cheio de nada. e no meio desse nada, eu sou a multidão.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010



entretanto e a sentir um frio dos demónios, a miúda tem sido tentada a voltar para o quentinho do armário