mata-me de um sopro, mas mata-me.
mata-me, até não ouvir mais, do mundo preciso apenas de um final, nada mais do que isso.
insistes e dizes: vive. eu não quero , não posso, e não quero, e de novo te digo: mata-me. cruzas o teu punhal sobre a minha face, mas recuas, a medo e com medo me dizes: vive.
eu perdoo-te, tudo eu consigo por fim perdoar, desde que o teu veneno me corrompa por fim. eu há muito deixei de viver, há muito deixei de te ouvir dizer : vive.
por fim, das tuas lágrimas vislumbro a minha e única resolução. se é de morrer que vivo, mais vale desaparecer.
eu morri mas continuas a caminhar sobre a minha pele, a minha pele tão gasta das memórias, dos dias gastos a viver na sombra e nos buracos, sem conhecer manhã ou luz na alma.
eu morri, e por último te deixo , o meu eco:
"em vão, te prometo meu amor, hei-de sempre viver no silêncio das tuas palavras."
domingo, 18 de setembro de 2011
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
se a poesia é a casa
eu quero ser o fantasma
que te persegue em dias
de maior calor
sente, sente meu amor
o fervor
com que a saudade
me faz desejar até ao mais infimo do teu corpo
pedaço divino
que me entregas quando faltam as palavras, quando faltam os beijos, quando falta tudo menos o desejo
pois esse meu amor é imortal
infernal
como o teu sangue corrompido
despido de noite
e vazio, vazio de pudores de menina de liceu
filho da puta de breu
da noite que já nem os olhos enxergo
se sou poeta é para bramir aos céus que te amo
femea fatal impura
desde a cama
até à pedra dura
do chão
onde gemes segredos
segundo perceitos que tu própria inventas ao meu ouvido
dizes: é para ti, para ti que grito poeta
se na amargura confiasse em ti
certamente não seriamos mais corpos mas sentidos.
-------------
"Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.
"
eu quero ser o fantasma
que te persegue em dias
de maior calor
sente, sente meu amor
o fervor
com que a saudade
me faz desejar até ao mais infimo do teu corpo
pedaço divino
que me entregas quando faltam as palavras, quando faltam os beijos, quando falta tudo menos o desejo
pois esse meu amor é imortal
infernal
como o teu sangue corrompido
despido de noite
e vazio, vazio de pudores de menina de liceu
filho da puta de breu
da noite que já nem os olhos enxergo
se sou poeta é para bramir aos céus que te amo
femea fatal impura
desde a cama
até à pedra dura
do chão
onde gemes segredos
segundo perceitos que tu própria inventas ao meu ouvido
dizes: é para ti, para ti que grito poeta
se na amargura confiasse em ti
certamente não seriamos mais corpos mas sentidos.
-------------
"Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.
"
domingo, 4 de setembro de 2011
Fogo
eu tenho força, eu sou a força, a tua força, a dor que trazes no peito. nada mais temo ser, do que fogo para encher todos os teus vazios de força.
nada mais, nada mais sou do que fogo, e se a vida fosse toda a tua água, de certo não mais eu existiria.
eu luto . eu tento lutar. em vão luto, e nada muda. porque no fundo eu sou apenas fumo. apenas cinza, besta vulcanica adormecida.
serei fogo quando atingir bem ao longe a tua calma.
serei fogo quando vencer sozinha a tempestade.
serei fogo quando as minhas mãos queimarem o meu coração gelado.
serei fogo quando o mar se abrir, quando tudo se misturar em mim.
so assim,
serei fogo, serei fogo em ti.
nada mais, nada mais sou do que fogo, e se a vida fosse toda a tua água, de certo não mais eu existiria.
eu luto . eu tento lutar. em vão luto, e nada muda. porque no fundo eu sou apenas fumo. apenas cinza, besta vulcanica adormecida.
serei fogo quando atingir bem ao longe a tua calma.
serei fogo quando vencer sozinha a tempestade.
serei fogo quando as minhas mãos queimarem o meu coração gelado.
serei fogo quando o mar se abrir, quando tudo se misturar em mim.
so assim,
serei fogo, serei fogo em ti.
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