domingo, 18 de setembro de 2011

a morte

mata-me de um sopro, mas mata-me.

mata-me, até não ouvir mais, do mundo preciso apenas de um final, nada mais do que isso.

insistes e dizes: vive. eu não quero , não posso, e não quero, e de novo te digo: mata-me. cruzas o teu punhal sobre a minha face, mas recuas, a medo e com medo me dizes: vive.

eu perdoo-te, tudo eu consigo por fim perdoar, desde que o teu veneno me corrompa por fim. eu há muito deixei de viver, há muito deixei de te ouvir dizer : vive.

por fim, das tuas lágrimas vislumbro a minha e única resolução. se é de morrer que vivo, mais vale desaparecer.

eu morri mas continuas a caminhar sobre a minha pele, a minha pele tão gasta das memórias, dos dias gastos a viver na sombra e nos buracos, sem conhecer manhã ou luz na alma.

eu morri, e por último te deixo , o meu eco:

"em vão, te prometo meu amor, hei-de sempre viver no silêncio das tuas palavras."

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