quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Há dias em que nada parece concreto, em que tudo o que fazemos parece não sair como esperamos, que ninguém nos parece ouvir, que nos sentimos desesperados à procura de alguém que não está lá...

Há dias em que nos parece iminente a descoberta de um novo fim do mundo. Que o bem e o mal não existem ou são sinónimos disfarçados...

Há dias em que parece, que tudo aquilo em que acreditamos, não passa de pura ilusão e idiotice. Percebemos que somos tão pequeninos, que não podemos, nunca, mudar o mundo.

Há dias em que não chorámos, simplesmente, porque nos secaram as lágrimas. Porque o vazio é é tão grande, que o fosso que se abre em nós, não é capaz de suportar toda a nossa mágoa e descoberta.

Há dias que não são bem dias. São horas de tortura, lamento e loucura. Horas em que a realidade mais dura nos atravessa como uma faca aguçada.

Há dia em que percebemos que vamos morrer sozinhos. Que a solidão não tem cura e que o vento que nos gela a cara tem mais vida que nós.

Há dias em que sabemos que não deveria haver amanhã.

E no entanto...

Quando nos deitamos, na cama a pensar nisto tudo, temos sempre a esperança que o novo dia seja diferente e que tudo se componha connosco e à nossa volta.


Mesmo que esses dias, sejam todos os dias...

3 comentários:

izzie disse...

Olha... parece que tenho a honra de começar a página em branco! =)
Pois é... cada vez mais penso e sinto os dias cmo tu... neste último post espelhaste as minhas horas, os meus dias, as minhas semanas... ao menos o "monstro" da solidão diminui nestes momentos quando por aqui passo :)

Otário Tevez disse...

olha... parece que tenho a honra de não começar a página em branco! =)

(tisha tisha...)

relativamente ao texto, só queria referir que, tal como referiu a 'dita cuja' do comentário acima, o bicho 'solidão' é perturbador, tanto que nos deixa até petrificados em ocasiões, tristes/aborrecidos/enfadonhos. Mas sempre é uma questão de aprendizagem, tal como o erro, e de nos acostumarmos a outras situações que nos limitem esse eslado de solidão.

Escrevi um pequeno poema sobre esse assunto a uns tempos atrás, talvez o publique no EspelhoSentido. ;)

Refugee disse...

Blogue muito interessante, e com uma personalização altamente. Vou deixar um link no meu para o visitar regularmente.
A propósito, fico contente por gostares de os anjos na américa também. É uma excelente mini-série.