sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Poema aos monstros

Aplaudem, eles,
MONSTROS!
sapientes do mundo e de todas as coisas nenhumas.

Andam, eles,
altivos,
monstros,

Nas minhas costas são ratos
À minha frente, leões,
Mordam-me, monstros, Mordam-me!
Dêem-me de comer às multidões!

Riam-se de mim!
Riam-se da minha timidez embaraçada.
Batam-me, monstros, batam-me!
sou apenas uma velha, burra, e cansada.

Gritam à meia noite
Os novos monstros frustrados.
Aplaudem a vida com um açoite
e as suas almas vão morrendo aos bocados.

Matam-me, os monstros agora
e as velhas boas de outrora
aos poucos vao sendo,
atiradas borda fora.



( os monstros nunca hão- de morrer
pois vida longa devem merecer )

3 comentários:

Anónimo disse...

Escreves tao bem poemas! tá mesmo bom.
Só espero que consigas chegar onde mereces puq estes poemas merecem ser conhecidos!

izzie disse...

As palavras do tgnd já eu fiz públicas no meu cantinho... mas a cada poema se tornam mais verdade, mais necessárias a todos nós.
É nestes momentos que percebo que há pessoas fadas para o dom da palavra e apenas posso agradecer o sentar-me e ler-te =)

Anónimo disse...

Monstros? São muitos e nojentos os que por aí andam, principalmente os que se movimentam nas altas esferas.