terça-feira, 3 de janeiro de 2012

amberleaf 2.0

quando fecho os olhos já não é escuro, aquilo que vejo. a noite não mais me cega e o toque do frio deixou há muito de entorpecer o meu corpo.
agora, sempre que te sinto perto, toda a minha visão se encendeia e eu vejo , eu sei que tudo vejo, só por sentir-te presente.
eu tenho medo e penso. eu tenho medo e caminho sozinha. tento pensar apenas no caminho. tento pensar apenas nas botas que me cortam os pés e na roupa que me pesa às costas. tento pensar até nos braços que pendem do meu corpo e no coração que se solta, cada vez mais lento no meu corpo. tento pensar em tudo isso e de novo penso em ti. e tento de novo e de novo me abstrair e novo caio também na ânsia de te querer ver.
hoje sinto de novo o escuro, não estás aqui. o teu corpo surge bem longe de mim, e eu sinto -me perder na recordação dos dias.
hoje apenas escrevo aquilo que penso. penso o que não digo e o que não te digo é tudo aquilo que consigo sentir agora. caminho no escuro e construo de novo as barreiras do meu pensamento. eu não quero sentir, eu não quero sentir de novo o escuro.

eu não quero sentir de novo todo este frio.

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