quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

parei no meio da estrada. tudo corria lento e o vento doia-me nas orelhas. rasguei a camisa preta e pude sentir o frio no peito. todo o meu sangue corria quente e os meus olhos latejavam de um vermelho duro e sentido. toquei com o dedo o suor que me corria na testa. não era suor. não era suor. era chuva . chovia e a camisa ensopada molhava-me o corpo.
o meu corpo já não se enterrava no asfalto e a na estrada vazia apenas se ouvia o som dos meus passos.
tenho na mochila roupa para os dias mais frios tudo bem condicionado batendo o peso nas minhas costas.
por enquanto continuo parada aqui, as minhas pernas ainda não desataram a correr desenfreadas mas sei, eu sei que em breve nada do que resta de mim ficará para contar a história dos dias lentos que vivi nesta estrada.

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