domingo, 19 de agosto de 2012

que dor imensa de estômago.

vejo-os a passar todos os dias, sorrio e até lhes falo. em nada sou impessoal e antipática. falam-me de arte e poesia e eu retribuo com arte e poesia.

dor, dor imensa de estômago.

falam-me do que fazem e do que ouvem. com quem andam e do que escondem e eu vislumbro por entre todos os vocábulos a pergunta mestre: e tu, que tens feito.

dor, ah! tamanha dor de estômago.

eu? nada. responderia com toda a franqueza. eu quedo-me no frio e não me movo. as minhas palavras enrrigessem e colam-se às paredes da garganta e lá ficam.
 ao nada atribuo o meu medo do todo.

ah! não suporto tanta dor.

sinto-me vomitar quando os vejo. penso talvez em matar. matar todos os filhos da puta que em coragem, começam nessa feroz demanda de se tornarem mais sacanas que eu. e eu, que dei tudo para o mal, fui atirada para o bem, porque ao nada me dei e no nada morri sem. claro, me mover.

e o estômago que agora me arde será um monte de vísceras mais tarde. porque a faca do meu nada destrói tudo aquilo que me move.

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