quarta-feira, 16 de abril de 2008

Grito/Unimultiplicidade


«A idéia de viajar nauseia-me.
Já vi tudo que nunca tinha visto.
Já vi tudo que ainda não vi.
O tédio do constantemente novo, o tédio de descobrir, sob a falsa diferença das coisas e das idéias, a
perene identidade de tudo, a semelhança absoluta entre a mesquita, o templo e a igreja, a igualdade da
cabana e do castelo, o mesmo corpo estrutural a ser rei vestido e selvagem nu, a eterna concordância da vida consigo mesma, a estagnação de tudo que vivo só de mexer-se está passando.»
Fernando Pessoa in « Livro do Desassossego»


Agora que finalmente encontro alguma paz social sinto-me um bocado vazia. Essa coisa de não ter de lutar, de gritar a todo o instante, de me revoltar com coisas diminutas...
Ainda luto, ainda tenho um estigma que faz com que seja diferente.


Bem haja alguém que por palavras, canções e versos ainda lute como dantes...



Até breve...

1 comentário:

Unknown disse...

gosto muito da tua catrafada de idiotices miuda do armario =)

continua!