quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Talvez amanhã.

Não. Eu não odeio pessoas. Pensava que sim, mas hoje conclui que é precisamente o contrário. Eu amo-as. Eu adoro pessoas. Se acaso tivesse lido isto há uns bons meses atrás, teria pensado que o meu senso de ironia estaria em alta, naquela manhã, tarde ou noite. Mas não. É de facto esse o problema. Eu adoro as pessoas.

De tal forma que penso mais nelas do que em mim. Daí que a desilusão que elas acarretam atrás de si, seja um fardo demasiado pesado para eu aguentar.

Desilusão é um grande e poderoso sentimento.E não faço puta ideia de como agir quando deparada com ele.
Sério, não sei.

Bem, se a própria desilusão acarretar raiva/ódio é fácil. A raiva é um bom sentimento, faz-nos viver, sentir, correr para a frente. Sim é verdade.

Mas a desilusão apenas nos deixa sozinhos, vazios. E o vazio é pior que uma vida repleta de frustração e revolta escondida. É pior que mil mortes sangrentas ou doenças terrivelmente contagiosas. Nesses casos sempre podemos ter algum sentimento, alguma vida, alguma energia.

Mas hoje, sim hoje, sinto vazio. Sinto desilusão. Corroí por dentro? Não. Apenas magoa. Apenas uma dorzinha ligeira, que teima em passar, passar, para depois voltar. Sempre leve. Nunca magoando seriamente.

Não mata mas mói.

3 comentários:

Anónimo disse...

Se eu fosse a Nanny Mcfee (nao sei se é assim que se escreve) neste momento estava a desaparecer-me uma verruga. Finalmente percebeste o que já muitas vezes te disse. É realmente esse o problema, precisares tanto do que os outros pensam.

E desilusao é mesmo o pior sentimento de todos. Além de ser horrivel de se sentir é demasiado presente.

Otário Tevez disse...

como é que colocas 0 'Feedback'? não sei como faze-lo e gostaria imenso... ;)

izzie disse...

miúda... tens que parar de me ler a mente... ou parecer que falas por mim... ao ler só consigo dizer "You got me!"