segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

eu morri cedo. eram quatro da manhã, e eu dei por mim morta bem inerte na cama.
saía lentamente do meu corpo.
a carcaça que deixei para trás, jazia branca, quase incolor..
oh a carcaça. oh o meu corpo.
não há agora grande amor ao corpo. não há agora grande amor a coisa nenhuma.

eu morri cedo. eram quatro da manhã.
as almas existem. agora que morri, sou uma alma. afinal sempre tive alma. 

nada interessa. a existência? continuo sem saber se alguma vez existi.

eu morri cedo. eu morri cedo.

já não são quatro da manhã.

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