quarta-feira, 13 de março de 2013


A serpente mordeu-me as costas e eu ainda sentia.
Trespassou-me os pulsos e o sangue correu por todos os lados.
A serpente mordeu-me por dentro, e pedaços da minha alma correram pela casa toda.
Paralisou todo o meu corpo e eu já nada sentia.

A serpente riu-se ao meu ouvido e esperou até que eu me cansasse de respirar.
Engoliu-me de uma assentada e eu fechei os olhos já lá dentro.

Morri dentro do corpo da serpente e a sua alma ao fundir-se com a minha, criou de novo o mesmo monstro que sempre havia habitado a terra.

De novo, renasci.

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