quinta-feira, 17 de setembro de 2015

doí-me o corpo mas não choro.
doem-me os ouvidos de ouvir as histórias das mulheres sem dor, mas não choro.
doí-me a cabeça dos mil fantasmas que ouço, perdidos na amargura dos anos decorridos, mas não choro.
a minha boca que interaje em centenas de palavras sem mágoa e rancor ranje nos dentes com um travo amargo a mentira, mas não choro.

penso em ti, e sinto arder em mim as lágrimas que me escorrem até ao peito.

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