"As palavras apanham-se no ar
Destro-as e volto a montar
Faço construções rimáticas
Paradigmáticas
Disfuncionais
E anormais
Vulgarizo sentimentos invulgares
Complico o que não é complicado
Deixo as palavras se suicidarem
Do meu prédio amaldiçoado
Palavras negras e obscuras
Sentimentos perdidos e isolados
Palavras em sentido, sem curas
Milagrosas, para males e fados
Não junto palavras por encomenda
Não anseio preencher a fenda
Não entro nessa contenda
Dos poetas para revenda
Não faço poemas de amor
Vazios, cheios de ar
Apenas largo as palavras no mar
Elas que se molhem
Eu fico só a verPorque a minha vida não é isto
E eu tenho mais que fazer"
4 comentários:
porque não? :O
É o sexto blog que visito hoje e só tenho apanhado poesia, mas deixa-me que diga que esta, é de longe a melhor! Pelo menos consegui perceber o que li...penso eu...
bjs
Como não posso por um certinho no "muito bom" visto não ter essa opção, aqui te digo, gostei muito. Está mt mt mt bom.
Continua
Beijo
pois... bom não chega... vê se dás mais hipoteses aqui aos fãs!
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