quinta-feira, 14 de março de 2013

gotohell

não sou nada.
sou o nada.
perto de mim, apenas o nada.
o nada que sou eu, o nada que nunca serás tu.
eu serei sempre um pouco mais nada.
um pouco mais de nada.

um pouco mais de nada me dirás, de que de nada se fez o universo, as flores, os sorrisos e todo o amor que ainda guardo por ti.

quarta-feira, 13 de março de 2013


A serpente mordeu-me as costas e eu ainda sentia.
Trespassou-me os pulsos e o sangue correu por todos os lados.
A serpente mordeu-me por dentro, e pedaços da minha alma correram pela casa toda.
Paralisou todo o meu corpo e eu já nada sentia.

A serpente riu-se ao meu ouvido e esperou até que eu me cansasse de respirar.
Engoliu-me de uma assentada e eu fechei os olhos já lá dentro.

Morri dentro do corpo da serpente e a sua alma ao fundir-se com a minha, criou de novo o mesmo monstro que sempre havia habitado a terra.

De novo, renasci.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

eu morri cedo. eram quatro da manhã, e eu dei por mim morta bem inerte na cama.
saía lentamente do meu corpo.
a carcaça que deixei para trás, jazia branca, quase incolor..
oh a carcaça. oh o meu corpo.
não há agora grande amor ao corpo. não há agora grande amor a coisa nenhuma.

eu morri cedo. eram quatro da manhã.
as almas existem. agora que morri, sou uma alma. afinal sempre tive alma. 

nada interessa. a existência? continuo sem saber se alguma vez existi.

eu morri cedo. eu morri cedo.

já não são quatro da manhã.

sábado, 26 de janeiro de 2013

só mais um café. só mais um café. não devo morrer por mais um café. bebo um café porque espero. bebo um café porque odeio esperar. bebo um café para não saberem que espero. tudo é desculpa para beber um maldito café. sinto o meu corpo a disparar cafeína por todos os poros. eu cheiro a café. a minha mente só pensa no próximo café. mais um, só mais um. quero que o café se levante e fale comigo.


fala comigo

fala comigo

eu sou um monstro e tu apenas um liquido.

e eu sei que ambos estamos cansados de tanto monólogo.

domingo, 20 de janeiro de 2013

adeus rua, adeus rua, adeus, adeus, adeus. os meus pés sangram pelos dedos, e o ardor do meu corpo queima toda a pele que tenho. estou perdida no meio da rua, não sei como cá vim parar. não há um único sinal de vida aqui. ouço gritos na minha cabeça. são fantasmas no fundo do meu cérebro. pensei que os tinha largado, pensei que tinha esvaziado o vulcão que me gritava por dentro . eles dizem que eu não sou ninguém, simplesmente não sou. gostava de o ser. a minha mãe dizia que eu o era.. a minha mãe é um fantasma também. ela, eu e tudo o que me fazia viver não existe mais,nada mais existe para além desta rua e dos fantasmas do fundo da minha cabeça-

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

no te puedo olvidar, no te puedo olvidar, no la puedo olvidar, no me voy olvidar, sé que voy me acordar, sé qué...

necesito de olvidar.

de me olvidar.
deixa-me matar-te suavemente. passar a minha faca pelo teu pescoço suave. cortar lentamente a jugular e sentir todo o teu sangue quente a escorrer no meu corpo.
quero sentir-te morrer devagar, bem devagar. quero que sintas a minha dor ao morrer também. a minha dor de te ver sem mim, a minha dor de te ver comigo, a minha dor de te querer esquecer, a minha dor de não te conseguir deixar de sentir em mim.
quero que caias bem calmamente no meu colo e que sintas os meus lábios nos teus , de um sopro o teu ultimo beijo será o meu também.

"I dreamt my lady came and found me dead"

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

si yo tuviera alma, lloraria todo el dia.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

where is my pride? sometimes I wonder .
I still remember fighting for myself or for what I thought was myself at that time.
I remember acting tough since age of four. nobody could ever beat my pride, my precious pride.
I remember being an androgenous little girl who then turned out to be an androgenous little teen as well. I remember being picked at school. I think I lost my pride here, if I ever had it at all.
I still look at the scars sometimes. they seem so pitiful now as they seem back then.
my lord, I was a digraceful little girl. I still am.
I never forgot my lovers. I still can recite every name. The first one is unforgetable they say. I don't know, maybe that's true. That clumbsy girl almost drove bipolar. no. no. t'was not her fault. It was mine. all along.
And you. oh you who I know for so many time. you are my vortex. I will die within you. and I'm dying. never I though I could love this much.
And the alchoolic pits I drank all my life. They're still in my liver , making me stay forever in this amazing inebriate state. 
I shall not proceed. I'm stuck in this town . I've been fighting all my life for nothing. Now, I'm hiding in this black veil. I can't reach a thing. My dark clothes are keeping me warm and I don't know what to feel anymore.
I still remember that day, It was a wednesday. 17. seventeen. seven. teen. se. ven. teen. the number echoes through out my brains. I failed . I failed at dying too. I stopped being a fighter because I was losing the battle, then I tried to quit and quitting was a failure too.
I'm stuck in this apathetic state of mind. my face hides the harm. In true, I don't quite feel a thing.

I still listen her in my head: GROW UP

Fuck you. I'm Peter Pan.





quarta-feira, 14 de novembro de 2012

nada sinto
nada sinto
nada sinto
nada sinto

sinto tudo até sentir quase nada.