Temo cair na tentação
sempre que te vejo
da minha boca nem uma palavra
do meu corpo sempre o desejo,
que me corrompe da alma até ao ensejo,
de te ver
sem saber, me escondo nas palavras
tenho em mãos todo o poder,
quero destruir todo o teu ego,
até as tuas cinzas se perderem no chão.
Quero finalmente
certamente,
sentir toda a tua escuridão.
Arranhas com o teu sorriso,
as minhas costas planas,
e entras em mim por todos os poros.
Ao meu ouvido
sentindo, me dizes odiar
todas as palavras que escrevo,
e eu , sem chorar
não me atrevo
a emitir um único som
odeio-te, odeias-me e nos vocábulos
que emitimos , as facas estão presentes.
aguças o teu engenho
e cravas na minha pele
a lámina espelhada
que construis-te em olhares afiados
ousados
que atiras sobre mim.
Adeus,
digo-te adeus mas volto sempre,
e até corro
de encontro,
à tua navalha que um dia,
me há-de matar.
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